sábado, junho 07, 2003

Eu pensava em 2003:

De vez em quando saio da toca e o que oiço cusovido e veju cunsóio é coisa de estarrecer.

O pensamento lógico e ético depende de parâmetros temporais, uma vez que os fatos ocorrem em curto, médio e longo prazos.

Tomado o último deles, todos estaremos deletados em termos de experiência prática, talvez por isto mesmo desejemos usar os recursos de que dispomos para visualizar, meditar ou mesmo antever o que sucederá a este enorme país de que somos parte, ainda.

Conforme levantado à época da invasão do Iraque pelos anglo-saxões e ianques, afirmamos que a re-construção do mesmo país é que era a grande jogada a longo prazo dos referidos países colonialistas por excelência.

Continua sendo o preço válido a pagar e vem sendo pago, uma vez que morrem mais combatentes na cidade do RJ do que em todo o Iraque.
Pagamos mais caro pela liberdade que os iraquianos e que a maioria dos cidadãos do chamado mundo civilizado.

O governo lulático, errático, fantasmático e outros átimos mais, continua na sangria do povo e na alegria do churrasco e da pelada, juntando grana para poder realizar a virada no ano da Rei-eleição do dadiano Silva, que só não perfaz pequenas cirurgias por não ter cursado a Escola de Comando e Estado Maior do Exército.

O cofrinho do PT agradece a todos que contribuirem para o comunismo de consumo, seja através da CPF do cheque-Já, do desconto em folha e até o alistamento de quem participa do vômijá ( leiam em alemão), bem como o cofrinho do estado federal agradece e o conti-gente-aumenta também já e para sempre.

As ré-formas também estão no seu momento de fogo brando, uma vez que o lei-giz-ativo ( eles desejariam que pudessem apagar as leis ) está cansado e primeiro o deles, que as eleição tão perto.

O judôciário, com todo respeito ao esporte nipônico, está judiciático, velho e alquebrado pelas férias tão curtas e pelos gonzos das portas da justiça, seja lá o que possa entender-se por isto.

Ouvi dizer que o PT, apóia a intervenção da ONU no Brasil, quer participar do cunseio di defasa, e o cunfi-anão rí, tudo como se a Segurança não fosse um dever federal.

Os cumerciante fecha as porta, o país não tem risco e Chuasnega dirige o estado de maior PIB nos EUA.
larga deu meleca......

Isterminadô du futuru......

Nóis morri i mata, mas nóis isporta sô....

Vi dizê qui tem uma tal di arca (será que vai chuvê di novo ? ) e um tar de merdosul qui vão fazer tudinho ficá danadibom...

ô meleca num é mió? mé do sul e ca de arca, ou é mió melerca?

Sei não, mió vortá pru buraco i drumi, qui tá tudinho igual, faz tempu....

Nóis sófri, num goza i paga caro di modi sê demon-cracia........

Tatu vorta trudia................

sábado, fevereiro 22, 2003

Imagens soltas, como folhas de um Outono que desce das árvores amareladas, buscando energia e vida.
Ponto zero, estancado, o coração bate como riacho que murmura os cascalhos por que passa. Aqui e alí uma curva mais profunda, mais um pequeno deserto de areia límpida e clara, refletindo os raios do sol que desaba na tarde modorrenta e morna.
Vazio de espaço, inação total, imobilismo de tronco revirado pela enxurrada, um rodamoinho espiralado descentrado suga uma pequena mosca perdida de seu caminho, caída na tentação da refletida forma no espelho d'água que se lhe avizinha; escapa, retorna ao vôo e é engolida pela língua rápida de um sapo sonolento, gordo, de olhos bêbados, nelson-rodriguianos, que não coacha para engolir.
Adensa a corrente, escurece na sombra de um carvalho rotundo, o líquido cristalino.
Por baixo de folhas suspensas de ramos cambaleantes, de pequenas moitas, galhos que penduram a conta de um tempo que se lhes vergou.
Mais uma curva, mais uma reta e logo torna-se rio o simples regato que espreita a janela de um décimo andar, cercado por floresta de massas concretas, que refletem o Verão mordaz.

sábado, fevereiro 01, 2003

Solidão: não se trata de definir, mas de expressar, de evidenciar seus elementos para poder com-viver melhor com si mesmo.Creio que o principal problema esteja em deixar de perceber as expectativas, mínimas ou máximas que de dx em dx, permanecem ancoradas em nosso interior, assim como o telefone que não toca, a mensagem que não chega, a bondade que não se expressa, o respeito e a consideração humanos mínimos necessários. Daí a perceber que as respostas não vêm porque a morte é histórica e não física, razão dos BBB da vida onde vale estar dentro, como estar fora.
O mal-estar que se desprende de cada segundo, de cada minuto, o cerrar dos olhos e da boca à tudo que se passa ao redor, porque o redor é mínimo.
A solidão é corporal também, na medida em que ele é alcançado por regimes e pulsa-ações estranhas, sem conhecimento prévio. A solidão não bate à porta, ela entra sem avisar e se instala, questionando a capacidade de cada um de re-agir.
Mas em sendo de natureza suave ela nos permite caminhar à frente, tentar novas estratégias, tentar novos rumos, mesmo que o destino seja um só.
A solidão é inimiga da repetição, ela obrigar a elaborar, a sair do lugar e tentar perceber saídas simples e eficientes de si mesmo, sem ser em direção de outro(s), como diz Lacan, Plus encore...
A respiração indica um começo de prosseguimento, um hausto de ar nas velas de uma nave em um mar sem correntes...

terça-feira, janeiro 14, 2003

Os principais óbices estão no fato de estabelecer que cada um dos seres humanos, tal como tudo mais na Natureza tem cada um de "per si" uma energia individual com suas origens em diversos elementos, o que em nada prejudica o estabelecimento de uma definição ou conceito do que viria a ser esse "pacote" de que cada um de nós dispõe.

Óbvio que a primeira tentação seria a abordagem pelo viés de uma bateria com uma capacidade básica inicial, onde tudo o mais seria apenas acréscimo e decréscimo erm função dos infinitos detalhes decorrentes.
Mas o magnetismo, a capacitância, a indutância e a condutância, bem como o básico da Teoria da Eletricidade e da Eletrônica têm artifícios para para tal abordagem.

O fato é que cada um dos elementos da Natureza e de nós, dispõe de uma quantidade de energia vital com limites bem estabelecidos pelo sistema de funcionamento nano-eletro e neuro-químico em sua interação com o Sistema Nervoso.
O funcionamento normal individual seria, portanto, o viver dentro desses limites de excitabilidade do Sistema como um todo.

Esta me parece ser a única razão por que as individualidades são tão nítidas no que diz respeito ao comportamento humano.
Parece-me que a distribuição estocástica das amostras ( cada sociedade ) exibiriam uma distribuição modal no que se refere a quantidades e qualidades, seja lá o que dizemos por isto.

Surge então a questão da normalidade e da anormalidade ( normal à curva ), dos casos limítrofes, das margens, do que é marginal.

domingo, janeiro 12, 2003

Um meio etéreo, transparente, que nos permite vislumbrar e deixar-se observar para resgatar elementos que se nos es(x)capam e que requerem um lugar inespecífico, mesmo que vazio, para poderem fazer-se concretos e possíveis em meio a tramas e teciduras de que não escapamos pela ordem do discurso direto do Eu, alguém sabido, reconhecido e por isto mesmo discurso vão numa realidade vã.

Temos todas as dúvidas do mundo, nenhuma certeza senão uma morte que não conheceremos, de quem seremos apenas objetos passivos de observação e entretenimento, seja lá o que isto queira dizer.
Neste blog as palavras perdem seus destinos específicos e navegam outros "mares nunca d'antes navegados", algo que exprima mais que as simples sílabas que as contêm.
Sempre "a priori" derrotado, o teclado insiste em deixar-se ser apenas um leque de opções, mas a mente oculta tudo que sobrevém à tona e o "santo"não baixa.
Iceberg de monstras dimensões só se performatiza nos sonhos, ilusões de um ser que se diverte do que sonha e encripta tudo de uma outra, mesma forma, mentindo a bel prazer.
Ebony and Ivory nunca viveram em harmonia, são sempre tons diferentes e ambos não supõem uma melodia.
Descompassos de si mesmos, somo vacantes em nossos próprios encontros....
cavalo imprestável que não nos leva a lugar algum que não sejam dados já processados, onde há o novo, onde novo há?